A Basílica do Santo Sepulcro, que fica na cidade antiga de Jerusalém, é um local intrigante.
É ali que, segundo as escrituras existentes desde o século IV, ocorreu o enterro e a crucificação de Jesus.
A Basílica foi feit
a por encomenda de Constantino I, o primeiro imperador romano convertido ao cristianismo. Ele enviou sua mãe Helena à Jerusalém, para que ela encontrasse a tumba de Jesus Cristo. A mulher, com a ajuda de dois
bispos, cumpriu o prometido e encontrou três cruzes próximo a uma tumba, que levou os romanos a acreditarem que ali era o local certo, já que Jesus havia sido pregado ao lado de dois ladrões.
O imperador então, ordenou a construção da igreja e durante as obras, os construtores encontraram uma caverna em formato de tumba, identificando o local como o enterro de jesus.
Nesta área, foi construído um santuário e assim a basílica se formou em um complexo com a igreja: um átrio – onde Jesus havia sido crucificado e uma rotunda – suposto local
onde estaria a tumba de Cristo.
Ao longo da história, a basílica, construída em 326, passou por momentos ruins. Jerusalém era muito visada por grandes generais e líderes políticos e no decorrer dos séculos, o local sofreu várias invasões.
Durante uma delas, a Cruz até então tida como original, foi roubada.
Somente em 630, o controle do local foi retomado pelo imperador Heráclio e a paz durou até o domínio árabe em Jerusalém. Depois disso, apesar de ter mantido a construção, as visitas oficiais ao local sagrado foram proibidas.
Em 746, um terremoto comprometeu as estruturas da igreja e nos anos de 841 e em 938, incêndios acidentais acometeram o local.
No ano de 1009, o califa Al-Hakim bi-Amr Allah travou uma batalha contra o Cristianismo e ordenou que todos os santuários Católicos da Palestina e do Egito fossem destruídos e depois disso, pouco sobrou da construção original.
Somente em 1048 o local foi reconstruído e desde então, por mais que tenha sofrido alterações estruturais, esta foi a última grande reforma feita.
Muita gente não sabe, mas na Basílica há apenas uma porta de entrada. Segundo a história, Saladino, um chefe militar curdo que esteve à frente dos árabes que derrotaram os Cruzados no século XIII, disse que apenas uma porta bastava para os poucos cristãos que sobraram ali, no entanto, ficava claro que o militar queria cobrar pela entrada de cada peregrino cristão. E assim é feito há 8 séculos: os franciscanos, em nome da Igreja católica, os greco-ortodoxos e os ortodoxos armênios precisam pagar por isso até hoje!
Embora seja cheio de histórias de destruição, brigas religiosas e políticas, o local é um centro espiritual para todas as dissidências do Cristianismo, que atualmente, realizam celebrações ecumênicas diariamente, todas em honra do local sagrado que visitam.
E você? Já conhece a Basílica do Santo Sepulcro?