Declarado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1985, o Aqueduto de Segóvia é a obra de engenharia civil do período romano mais importante da Espanha.
Este monumento de pedras, que se mantém de pé há mais de 2 mil anos, é considerado um dos mais significativos e foi construído pelos romanos no século 1º, ao pé da serra de Guadarrama, 90 quilômetros ao norte de Madri.
O Aqueduto de Segóvia é formado por 167 arcos de pedra granítica, que erguem a sua grandiosa estrutura para formar um dos maiores símbolos de categoria artística e arqueológica ainda existentes na terra.
Este local, como vários outros tão antigos, guarda muitas lendas e hoje, vamos contar duas delas.
A primeira é sobre uma lavadeira, que cansada de carregar seu balde pelas ladeiras da cidade, fez um pacto com o diabo: venderia sua alma a ele se, antes de o galo cantar, a água chegasse à sua casa.
Ela se sentiu culpada e rezou durante toda a madrugada. Dizem que ela venceu o diabo, no entanto, ainda preocupada, confessou seu pacto em praça pública e recebeu o perdão dos vizinhos. Juntos, eles lavaram a obra (que teria sido construída pelo demônio) com água benta. A história ganhou forças porque o aqueduto (construído para abastecer a então vila militar romana de Segóbriga) sobrevive há mais de 2 mil anos, com seus arcos duplos que chegam a 29 metros em seu ponto mais alto, sustentados apenas pelas leis da física: sem argamassa unindo as pedras, por onde há um século não passa mais água. Impressionante, não é mesmo? Mas, qual o segredo desta estrutura?
Nós descobrimos e vamos te contar! O responsável pela sustentação é o bloco horizontal superior do Arqueduto que melhora a estabilidade da estrutura e, por compressão, garante uma melhor distribuição das cargas.
Mais lendas e muitas outras histórias
Há outra lenda segoviana que fala sobre Saint Fructus um eremita castelhano do século VIII venerado como santo. Sua imagem ilustra uma das portas da catedral de Santa Maria, erguida por um dos mais famosos arquitetos do século 16, Juan Gil de Montagñon. Na gravura, o santo tem em suas mãos um livro que, segundo a tradição cristã, vira uma página a cada ano. Quando ele chegar ao fim do volume, será o fim do mundo.
Entre tantas histórias, a Segóvia também gosta de tomar para si a honra de ter inventado um dos pratos castelhanos mais famosos: o cochinillo, que é um leitãozinho abatido com poucas semanas e assado em forno a lenha.
Ficou com vontade de conhecer pessoalmente cada detalhe dessas histórias? A Segóvia faz parte de alguns dos nossos destinos. Confira todos eles na aba “Roteiros” e veja todas as próximas peregrinações.